segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Pateticamente patriota.


Se há uma coisa que me irrita é o tal de “patriotismo” que esse povo diz ter pelo seu país natal. Se isso que eles dizem for patriotismo, prefiro não ser.
O que é ser patriota? Amar seu país acima de tudo e de todos? Antes fosse, mas nem isso este povo consegue, mesmo porque são poucos aqueles que sabem cantar o hino de seu país do começo ao fim. O patriotismo começa por aí.

Patriotismo, aqui, é só de quatro em quatro anos, quando os milionários que jogam na Europa vestem a “amarelinha”, e nem eles sabem de cor o hino. Mas para que também, isso não lhes dá dinheiro. E os “patriotas” fazem eles de herói de seu país. Pobres coitados.
Poluem a rua de verde e amarelo pra ver quem vence o concurso da rua mais bonita do Domingão do Faustão. Haja gari pra limpar depois toda a rua, ou achas que eles ( os que sujaram ) iriam limpar?
E o tal do patriotismo dura cerca de um mês, chegando ao ápice de alguns arriscarem a cantar uns trechos do hino nacional. Quanto patriotismo!
E enquanto isso, na capital do país...
Chegando ao fim daquele torneio, tudo vai pro lixo, inclusive a bandeira do país e o patriotismo cego e burro.
O patriotismo aqui é não falar mal do país, é não reclamar. É saber que se é roubado e dizer que isso acontece, é a vida. É saber que a violência e a diferença social aumentam e dizer que isso acontece. Patriotismo é se calar e aceitar tudo.
Ou seja, ser patriota aqui é se cegar as barbáries que ocorrem a cada segundo e berrar com muito orgulho e amor quando aquele cidadão que mora na Europa e ganha milhões de euros faz a rede balançar.

“Quem quer trocar a copa do mundo por um Brasil sem vagabundos?”

Xiiiii..

Um comentário:

Anônimo disse...

essa pergunta foi boa fagundes... vc que fez ou foi tirada de algum lugar?
bjos