segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Aqui, no Brasil, estamos todos pra lá de bagdá.

Hoje é moda falar sobre o que acontece no Iraque. Os conflitos, guerras, catástrofes e tudo que de ruim que acontece lá. Basta abrir um jornal ou revista, basta ligar a TV ou acessar a internet que se vê noticiários falando de mortes naquele país.
Todos têm a cara de pau de dizer que é só lá que há mortes todo dia. Como se em outros países isso não ocorresse. Dou uma bala pro país em que não haja ao menos uma morte por dia.
Além disso, nos passam a ideologia que é divino morrer pelo seu país. Jamais morreria por esse país, e espero que você também pense assim.
A forma como eles tratam das catástrofes ocorridas no Iraque é uma forma de anestesiar com as daqui. Até parece que é só no Iraque que há conflitos, guerras e mortes e aqui não, tudo na mais santa paz, nem metade disso ocorre neste país.
A modelo Bar Rafaeli de Israel disse que essa história de morrer pelo país é uma tremenda bobagem e que prefere morar em New York ao invés do seu país. Certa ela, tendo em vista que se ela morasse em seu país, o futuro dela seria morrer pela pátria. Que lindo!
Aliás, no ano passado, a guerra do Iraque produziu aproximadamente 18.655 mortes. Bastante? Sim, mas nada que se compare ao paíis do carnaval e futebol que chegou ao estrondoso número de 44.663 assassinatos ano passado.
Ou seja, moras no Iraque é mais seguro que aqui, lá o número de mortes é menos da metade do país que diz não haver guerras, em que o povo é solidário (mata depois de assaltar para não traumatizar o assaltado).
E que não me venham com a desculpa de dizer que aqui ocorrem mais mortes pelo fato da população ser maior. Não se deixem enganar, por favor.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Viva a pirataria!


Aqui é normal mostrar filmes e novelas em que o bandido é o mocinho e o mocinho é o bandinho. Dá-se um jeito de inocentar a besteira que o sujeito fez e transformá-lo em herói. O malandro é o cara, é o herói! Sempre dando um jeitinho para conseguir se safar e tirar uma vantagem maior de tudo e de todos.
Aí então vem um filme que trata o bandido como bandido, o policial como policial e o usuário de drogas como sócio homérico dos traficantes. Um filme mais realista que os demais. Mostra o que realmente acontece em um país dominado por gente de má fé.
Porém, é mais um filme que faz sucesso em cima de uma das centenas de coisas que esse país tem de pior. A violência. Mostra toda a barbárie que ocorre nos morros e suas conseqüências para toda uma sociedade.
Pessoas que até ontem à noite estavam usando drogas passeiam num domingo na passeata a favor da paz. São a favor da paz e do tráfico também. Meio contraditório.
Deixando o filme de lado, o que me chamou a atenção foi o número de pessoas que já haviam visto o filme antes mesmo dele ter chegado às telas do cinema. Foram mais de 11 milhões de pessoas que já viram o filme. Todo mundo aproveitando a pirataria para tirar um proveito de poder dizer que viu o filme antes mesmo dele ter chego ao cinema.
Além de estarem financiando o tráfico pirata, correm o risco de estragar o DVD.
São as mesmas pessoas que se dizem contra o tráfico, mas o financia mesmo assim. Afinal de contas, poder ver o filme antes de sair, é uma vantagem e tanto, motivo de orgulho!
O filme mostra o pessoal que financia o tráfico é o mesmo que faz desfilezinhos a favor da paz. Não muito diferente da vida real.
Vendo isso, só posso dizer e afirmar que grande maioria do povo é adepto a “Lei de Gérson”. Se puder tirar um proveito e assistir o filme antes, custe o que custar, fará isso. Essa raça parte do princípio que se só ele comprar um DVD pirata não estará financiando o tráfico.
O legal é que pelo menos 11 milhões de pessoas pensaram assim também. Mas se ele comprou um DVD pirata eu também posso! Direitos iguais!
É..

segunda-feira, 8 de outubro de 2007


Vou pegar o controle remoto para trocar de canal e avisar minha mãe pelo “msn” que o volume da TV está alto. Já, já, vou mandar um e-mail com as fotos da viagem à Alemanha pro meu primo que viajou para a Espanha.
Hoje poucos escrevem, a maioria digita. Sem dizer que muitos digitam utilizando o abreviamento. Mas e daí, “vc consegue mto bem ler qquer coisa assim, blz? Flw entaum!”
A tecnologia é o que é hoje devido a nossa fama de preguiçoso e de gostar muito da comodidade. Vejamos alguns exemplos:
* Controle remoto: é inverno de um domingo meia noite. Você está deitado na cama e quer desligar a televisão. Você prefere ir até ela desligar no botão da tv ou apenas apertar um botão do controle, só precisando mexer um braço?
* Vidro elétrico: você prefere apertar um botão ou fazer toda aquela ginástica para abrir ou fechar o vidro todo?
* Avião: preferes ir pro Japão de avião ou de barco?
São só alguns exemplos de que a tecnologia veio para nos acomodar, nos evitar esforço. Quanto menos força fizer, melhor.
Este fato é visto claramente na família. Podes conversar com teu pai durante horas, menos ele estando num continente diferente da qual você está. Ela, a tecnologia, fez com que a distância diminuísse. E quem vibra com isso é a família. Todos podem viajar ou morar longe, que a tecnologia irá aproximá-los.
Mas, contradizendo com o que eu disse, será que aproxima? Você está em sua casa na trindade e seus pais estão no centro. Nesse dia tens um assunto para falar com eles, então você recorre à internet, ou telefone. Mas porque não ir até a casa de seus pais, verem-nos pessoalmente, beijá-los e dar um abraço afetivo e caloroso e fazer uma janta com eles?
Ou seja, a tecnologia tem seus aspectos positivos e negativos para a família. Ao mesmo tempo em que ela nos une, ela nos desune. Porém, caso você decida em deslocar-se até a casa de seus pais, você prefere ir a pé ou de carro?

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Pateticamente patriota.


Se há uma coisa que me irrita é o tal de “patriotismo” que esse povo diz ter pelo seu país natal. Se isso que eles dizem for patriotismo, prefiro não ser.
O que é ser patriota? Amar seu país acima de tudo e de todos? Antes fosse, mas nem isso este povo consegue, mesmo porque são poucos aqueles que sabem cantar o hino de seu país do começo ao fim. O patriotismo começa por aí.

Patriotismo, aqui, é só de quatro em quatro anos, quando os milionários que jogam na Europa vestem a “amarelinha”, e nem eles sabem de cor o hino. Mas para que também, isso não lhes dá dinheiro. E os “patriotas” fazem eles de herói de seu país. Pobres coitados.
Poluem a rua de verde e amarelo pra ver quem vence o concurso da rua mais bonita do Domingão do Faustão. Haja gari pra limpar depois toda a rua, ou achas que eles ( os que sujaram ) iriam limpar?
E o tal do patriotismo dura cerca de um mês, chegando ao ápice de alguns arriscarem a cantar uns trechos do hino nacional. Quanto patriotismo!
E enquanto isso, na capital do país...
Chegando ao fim daquele torneio, tudo vai pro lixo, inclusive a bandeira do país e o patriotismo cego e burro.
O patriotismo aqui é não falar mal do país, é não reclamar. É saber que se é roubado e dizer que isso acontece, é a vida. É saber que a violência e a diferença social aumentam e dizer que isso acontece. Patriotismo é se calar e aceitar tudo.
Ou seja, ser patriota aqui é se cegar as barbáries que ocorrem a cada segundo e berrar com muito orgulho e amor quando aquele cidadão que mora na Europa e ganha milhões de euros faz a rede balançar.

“Quem quer trocar a copa do mundo por um Brasil sem vagabundos?”

Xiiiii..